Bradesco Asset, em parceria com a Previpar, promove evento no auditório da Fundação Copel
A Fundação Copel foi palco do encontro “Estratégias de Investimentos e Perspectivas para 2026”. O seminário, realizado pela Bradesco Asset em parceria com a Previpar, reuniu especialistas na última semana para debater o atual cenário econômico, as perspectivas das entidades de previdência privada complementar para o próximo ano, além de representar uma oportunidade para entender como o segmento se prepara para os futuros desafios. Na programação, os especialistas também apresentaram um amplo quadro de temas que impactam diretamente a administração de entidades de previdência privada complementar no país. Os debates ocorreram num momento positivo para o setor. Houve um aumento de 15,3% na arrecadação total dos planos de previdência privada no Brasil, alcançando R$ 196,1 bilhões em 2024. Os dados são da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). A abertura do evento foi realizada pelo presidente da Previpar (Associação dos Fundos de Pensão do Paraná) e diretor de Seguridade da Fundação Copel, Hemerson Luiz Barbosa Pedroso. De acordo com ele, os desafios da previdência privada complementar no Brasil incluem o envelhecimento da população e a informalidade no mercado de trabalho, que pressionam a previdência social e tornam o modelo complementar mais necessário, mas também dificultam a sua adesão por falta de conhecimento e planejamento de longo prazo. Outros desafios são a adesão, o fortalecimento da governança, a educação financeira, os aspectos regulatórios e a complexidade dos produtos de previdência. “Diante de um cenário repleto de desafios para uma população que sabe que não poderá contar apenas com a previdência social, as entidades de previdência complementar surgem como uma alternativa importante para quem faz planos de ter uma aposentadoria tranquila, sem abalar questões como a qualidade de vida”, afirma Pedroso. Ele acrescenta que o regime de previdência privada complementar deve ser visto como um importante instrumento capaz de proporcionar segurança ao beneficiário e seus familiares, garantindo assim estabilidade financeira na longevidade. “Quem possui um plano de previdência privada complementar tem condições maiores de planejar o futuro de maneira mais flexível, com condições de atender às necessidades do segurado”, afirma o diretor da Fundação Copel. Novas regras da Resolução CVM 175 modernizam a indústria de fundos de investimento no Brasil Um dos pontos altos do evento foi o debate sobre a Resolução CVM 175, que entrou em vigor em julho deste ano e que modernizou a indústria de fundos de investimento no Brasil. Ricardo Mizukawa, Head de Risco e Compliance, e Eduardo Lamers, Superintendente Geral da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), conduziram esse debate. O conjunto de regras da CVM 175 traz novas diretrizes para gestores, administradores e investidores, com o objetivo de aumentar a transparência, fortalecer a governança e abrir espaço para a participação do investidor de varejo em um segmento historicamente restrito a profissionais e qualificados. Entre as mudanças mais relevantes estão a possibilidade de entrada de investidores de varejo nas cotas seniores, o reforço das responsabilidades do gestor, e a exigência de registro dos direitos creditórios em entidades autorizadas pelo Banco Central — uma medida que busca mitigar riscos de fraude e aumentar a rastreabilidade das operações. Outro aspecto é a criação de subclasses de cotas, permitindo a segmentação de direitos e obrigações entre diferentes perfis de investidores dentro de um mesmo fundo. Essa estrutura traz mais flexibilidade e permite estratégias mais sofisticadas de alocação, de acordo com o apetite de risco de cada grupo de cotistas. Para Hemerson Pedroso, a nova resolução amplia as atribuições dos gestores, traz maior responsabilidade operacional e contribui para consolidar padrões de compliance mais robustos em toda a indústria.