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| Produção de trigo tropical ganha destaque como alternativa à autossuficiência nacional - Fotos: FIEG / Divulgação | 
Diversas cultivares adaptadas ao Cerrado apresentadas a público variado
O Conselho Temático da Agroindústria (CTA) da Federação das          Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), a Embrapa Trigo e o          Sindicato dos Moinhos de Trigo da Região Centro-Oeste          (Sindtrigo) promoveram quinta-feira (20/06) a visita técnica Dia          de Campo à Fazenda Holdeman Farms, em Rio Verde, no Sudoeste          Goiano. No evento, foram apresentadas diversas cultivares de trigo adaptado ao Cerrado,          bem como suas vantagens na produção de alimentos e outros          derivados. Os presidentes do Sindtrigo, Sérgio Scodro, e do          Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado          de Goiás (Sindipão), Marcos André Rodrigues, acompanharam a          programação.
        A visita contou com participação de conselheiros do CTA,          empresários do setor e de alunos do curso de Agronomia da          Universidade Federal de Goiás (UFG). O assessor executivo do          CTA-Fieg, Héverton Eustáquio; a professora da UFG Letusa Momesso          Marques; o gerente de Cadeias Produtivas da Secretaria de Estado          de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), André          Gustavo Umbelino Lousa; a gerente de Estudos em Agronegócio e          Meio Ambiente do Instituto Mauro Borges (IMB), Erica Basílio; e          a doutoranda em Agronegócios Daniela Vasconcelos integraram a          comitiva.
        Mais de uma dezena de cultivares adaptados ao Cerrado foram          apresentados a um público diversificado, incluindo          pesquisadores, acadêmicos, produtores, revendedores e          representantes de grandes agroindústrias, como Boa Safra S.A.,          Cooperativa Agroindustrial Cocari, Comigo e Grupo Cereal Ouro,          entre outros.
        
De acordo com Sérgio Scodro, a expansão da capacidade de          moagem dos moinhos goianos e o desenvolvimento de cultivares          resilientes são fatores que têm impulsionado a produção e          comercialização do trigo no Estado. "Esse cenário torna o          cultivo do cereal cada vez mais atraente para os produtores          locais, promovendo maior integração entre os elos da cadeia          tritícola em Goiás."
        Segundo especialistas da Embrapa Trigo, o trigo tropical,          cultivado no Cerrado do Centro-Oeste brasileiro, representa uma          alternativa essencial à busca da autossuficiência nacional neste          cereal. O Brasil, atualmente, é um importador líquido de trigo,          o que expõe o País a riscos cambiais e geopolíticos.
        A safra atual estima um plantio entre 200 mil e 250 mil          hectares de trigo na região do bioma Cerrado, conforme dados da          Embrapa. Agricultores têm adotado o cultivo do trigo não apenas          para diversificar suas produções, mas também para mitigar riscos          ambientais e aproveitar áreas ociosas.
        Quanto à qualidade do grão, uma das preocupações levantadas          foi a presença de microtoxinas, que podem afetar a qualidade da          farinha. Bruno Lemos, pesquisador da Embrapa Cerrados, destacou          que o trigo tropical produzido no Brasil Central apresenta          vantagens significativas nesse aspecto. "Praticamente não há          presença de microtoxinas, como as causadas pelo ataque de          giberela, o que é raro nesta região. A qualidade do trigo          produzido aqui está equiparada aos melhores do mundo em termos          de farinha para panificação."
        
Na avaliação de Marduk Duarte, presidente do CTA-Fieg, o          sucesso do Dia de Campo na Holdeman Farms evidencia o          compromisso contínuo da federação com o avanço tecnológico e          sustentável do cultivo de trigo em Goiás. "Trata-se de um          trabalho estratégico ao fortalecimento da indústria do setor e          ao fomento da economia regional e nacional."
        O Dia de Campo contou com apoio da Federação da Agricultura          do Estado de Goiás (Faeg), do Instituto Goiano de Agricultura          (IGA), do Sindicato das Indústrias de Alimentação do Estado de          Goiás (Siaeg), da Câmara Setorial de Alimentos e Bebidas (Casa)          da Fieg, além de outras importantes parceiras, como OR Sementes,          Biotrigo, Semevinia e Leaf Biotecnologia.
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